Em cerimônia solene realizada nesta quinta-feira (1º), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) prestou homenagem aos ministros aposentados Antônio de Pádua Ribeiro, Edson Carvalho Vidigal, Jorge Tadeo Flaquer Scartezzini e Sebastião de Oliveira Castro Filho.

O Regimento Interno da Corte, em seu artigo 337, prevê homenagem aos ministros que se afastaram definitivamente do serviço, o que torna o tributo uma tradição no Tribunal.

O evento aconteceu no mezanino do Edifício dos Plenários e contou com a presença de vários ministros ativos e aposentados, além de servidores e familiares dos homenageados, entre outros convidados.

O presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, fez a abertura do evento e resumiu o sentido da homenagem: “São as pessoas que dão vida às instituições.” Na ocasião, foi lançada e distribuída aos presentes uma coletânea de julgados de cada um dos quatro ministros homenageados, retratando seus perfis e principais decisões no extinto Tribunal Federal de Recursos (TFR) e no STJ.

O ministro Jorge Tadeo Flaquer Scartezzini, que se aposentou em 2007, citou um poema de Mário Quintana para demonstrar o significado da homenagem: “Devolvo os brinquedos que recebi de presente, porque sou apenas uma criança que envelheceu de repente.” E acrescentou: “Deixei o STJ com muita saudade, eu gostava demais da convivência com os colegas, do ambiente e do trabalho em si. O retorno ao STJ é muito agradável.”

Bom para a história

Antônio de Pádua Ribeiro, presidente da Corte nos anos de 1998 a 2000, falou sobre sua gestão no período. “Fiz um trabalho intensivo no qual lutei muito pelos servidores da Casa. Também priorizei a parte institucional, tivemos aprovação de várias leis de interesse da Justiça. Demos um impulso ao setor de informática, integrando todos os prédios com sistema de fibra ótica. O sistema push foi inaugurado na minha gestão, entre outros avanços que implementamos”, declarou.

“Essa homenagem tem dois aspectos interessantes: reencontramos os amigos e, ao mesmo tempo, o Tribunal teve a iniciativa de documentar a passagem dos ministros em um livro que resume seus trabalhos e seus julgamentos. Isso é bom para a história, para os pesquisadores e para aqueles que se interessam pela memória do Tribunal”, afirmou o ministro Pádua Ribeiro.

Presidente do STJ entre os anos de 2004 e 2006, o ministro Edson Vidigal também falou sobre a homenagem: “É muito bom deparar com o reconhecimento. Procuro apenas cumprir da melhor maneira com o meu dever. E o meu legado resulta da ação conjunta de várias equipes, pois os quase 20 anos da minha vida que dediquei ao Tribunal Federal de Recursos, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal Superior Eleitoral, eu entreguei à causa da Justiça no país. Porém, não teria chegado até aqui se não tivesse a contribuição dos servidores, de todos os escalões, do meu gabinete e de todo o Tribunal. Então, eu recebo simbolicamente essa homenagem. Mas ela não é para mim, é para a equipe inteira.”

Integrante da Corte no período de 2000 a 2007, o ministro Sebastião de Oliveira Castro Filho disse que sentia grande prazer em voltar ao STJ e rever os amigos. “Fui juiz por vocação de infância, me aposentei com 37 anos de magistratura e foi altamente honroso e gratificante terminar a carreira no Tribunal da Cidadania”, afirmou.

fonte:http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=104893

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