Tribunal do Piauí aparece em primeiro lugar. Santa Catarina está em penúltimo. Mato Grosso do Sul aparece com zero.

O Conselho Nacional de Justiça atualizou na segunda-feira (14) o número de processos disciplinares contras juízes divididos por Estados. O sistema não revela os nomes dos magistrados e os detalhes do processo, apenas o número correspondente a cada Estado. Desembargadores investigados, magistrados da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho estão fora da estatística.

Por que? Nada foi informado pelo CNJ a respeito, até agora.

O endereço eletrônico mostra agora a marca de 819 processos e sindicâncias nas corregedorias dos tribunais de Justiça. O TJ do Piauí aparece em primeiro lugar com 211 processos, seguido por SP, com 134. Em terceiro lugar, está o Amazonas, com 59 processos.

A decisão de divulgar as informações foi tomada pelo presidente do conselho, Cezar Peluso, em outubro, durante reunião com representantes do Colégio de Corregedores dos Tribunais de Justiça. Na ocasião, os corregedores apresentaram ao ministro dados atualizados sobre os processos em andamento e sobre as punições aplicadas a membros da magistratura nos últimos dois anos.

A corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, diz que da forma como ocorre hoje pode abrir espaço para os chamados bandidos de toga. Em matéria que está sendo publicda nesta mesma edição do Espaço Vital, Eliana diz que “o problema da magistratura brasileira está nos tribunais”.

De acordo com Peluso, a nova página dará mais transparência aos processos disciplinares contra juízes e desembargadores em todos os tribunais.

O sistema, por enquanto, é alimentado pelos próprios tribunais, que enviam os dados ao CNJ uma vez por mês. Santa Catarina aparece em penúltimo lugar na lista, com dois processos. Em Mato Grosso do Sul o número é zero.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) elogiou, em nota a medida do CNJ de divulgar apenas as iniciais dos nomes dos investigados. Os juízes federais do Brasil, ao mesmo tempo em que não concordam com pré-julgamentos apressados e sem direito à defesa, repudiam a impunidade e a corrupção em todos os setores da sociedade brasileira, diz a Ajufe.

Fonte: www.espacovital.com.br


0 comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *